terça-feira, 20 de outubro de 2009

Blog do Noblat: Beltrame critica atuação do governo federal no combate às drogas e leis de licitação

O Globo

RIO - O secretário de Segurança do Estado do Rio de Janeiro, José Mariano Beltrame - em conversa com um grupo de líderes cariocas de vários setores na noite de sexta-feira - reclamou da sobrecarga de tarefas da polícia fluminense, que estaria executando afazeres de responsabilidade do governo federal, informou nesta terça-feira o Blog do Noblat .

- O Rio precisa que o governo federal assuma plenamente a responsabilidade legal de combate à droga. Se não assume, nós assumimos. Tudo bem. Vamos fazer. Estamos fazendo. Mas polícia estadual é responsável por prevenção e investigação. Por encontrar e entregar o criminoso à Justiça. Tráfico de drogas é com a Polícia Federal. Infelizmente, no Rio não é. A Secretaria de Segurança faz as duas coisas aqui. Ou melhor: faz as três. A saber: a polícia de prevenção e de investigação, a polícia de combate ao tráfico de drogas, e a polícia de proximidade, de reconquista dos territórios - disse Beltrame, segundo o Blog do Noblat.

Segundo o secretário, enquanto São Paulo luta contra uma facção, o Rio combate três grandes grupos de criminosos, além da milícia. Ainda segundo o blog, Beltrame criticou também a dificuldade de ação imposta pela burocracia estatal. Entre os maiores problemas estão as leis de licitação e as leis penais, que permitem que presos sejam soltos pela progressão das penas:

- Preparei mais de quarenta cabines blindadas com ar condicionado, um micro ondas para esquentar as quentinhas e geladeira. Aí contestaram um aspecto formal da licitação. Estão todas guardadas. Em tempo de caça às bruxas não posso assumir tal responsabilidade. Quando decidirem se posso colocar as cabines, colocarei. Mas como não se decidem, os jovens policiais continuam indevidamente protegidos.

Beltrame comparou os ataques no Rio como os atentados de 11 de setembro, que aconteceram nos Estados Unidos:

- O que eu queria mesmo é que entendêssemos a queda do helicóptero no último dia 17 como sendo nosso 11 de setembro. E a partir daí houvesse política de segurança, não de governos, mas de estado. Não de um, mas de todos. Sociedade também.

O colunista Ancelmo Gois, do GLOBO, informou, nesta terça-feira, que o ministro da Justiça Tarso Genro ficou chateado com Beltrame porque a polícia do Rio atribuiu aos traficantes presos em Catanduvas a ordem dos ataques na cidade no fim de semana. Para Genro, ficou a impressão de que a intenção foi passar responsabilidade para União.

Faculdade fechada na segunda

Na noite desta segunda-feira, a Faculdade Celso Lisboa que funciona no bairro do Sampaio, na Zona Norte, teria suspendido as aulas, por causa de um boato de que o Morro da Matriz, próximo ao campus, seria invadido por bandidos. A região é próxima à área onde ocorreram os conflitos no fim de semana.

Nesta terça-feira será enterrado o terceiro policial que morreu na explosão do helicóptero da PM atingido por tiros de traficantes.

Helicóptero

Tripulantes já estariam mortos na queda

Policiais do Grupamento Aéreo Marítimo (GAM) ainda tentam entender o motivo que levou à morte os soldados Marcos Stadler Macedo e Edney Canazaro de Oliveira, logo depois da queda do helicóptero Fênix 3, no último sábado. Segundo informações não oficiais, o helicóptero teria sido alvo de uma rajada de metralhadora e todos os ocupantes que estavam do lado direito da aeronave foram atingidos. Os policiais teriam morrido ainda no ar e, por causa disso, não conseguiram sair do helicóptero após a queda. O capitão Marcelo de Carvalho Mendes, co-piloto da aeronave, também estava do lado direito e foi atingido por um tiro no pé. No enterro dos soldados, parentes revelaram que a Polícia Militar disse apenas que os dois foram alvos de disparos. Mas esta informação não foi confirmada para a imprensa.

Nesta segunda-feira, o cabo Izo Gomes Patrício, que teve 85% do corpo queimado, morreu no Hospital da Aeronáutica. Segundo policiais do GAM, ele também teria sido baleado no ar. O capitão Marcelo Vaz e o cabo Anderson Fernandes dos Santos que apenas se feriram, não teriam sido atingidos pelos disparos. Os laudos que vão identificar o verdadeiro motivo da morte dos policiais ainda não ficou pronto.

Fonte:^Extra online

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