sábado, 28 de agosto de 2010

Oficial preso com quadrilha em Botafogo julgava policiais do caso Rafael Mascarenhas

Rio - Um dos oficiais da PM presos na sexta-feira, o capitão Lauro Mauro Catarino, suspeito de participação em uma quadrilha que furtava cabos de fibra ótica na Zona Sul, julgava os policiais acusados de receber propina do caso Rafael Mascarenhas, filho da atriz Cissa Guimarães, morto em uma atropelamento em 20 de julho. A informação veio da assessoria da Polícia Militar na manhã deste sábado.

Antes de ser preso por policiais civis na madrugada de sexta-feira, o capitão participou da audiência na Auditoria Militar no qual foram ouvidos Marcelo José Leal Martins e Marcelo Bigon na quinta-feira. O procedimento faz parte do processo nos quais os dois policias são aucsado de terem recebido propina de Rafael Bussamra, o pai do atropelado de Rafael Mascarenhas.

Mesmo antes da conclusão do inquérito da Polícia Civil, o comandante geral da Polícia Militar, Mário Sérgio Duarte, determinou na sexta-feira que se inicie um processo disciplinar para que os oficiais envolvidos no roubos de cabos de fibras óticas sejam demitidos.

Os capitães Lauro Moura Catarino, do 2º BPM (Botafogo), e Marcelo Queiróz dos Anjos, do Batalhão de Choque (BPChoque), ambos de 33 anos, foram presos em flagrante em Botafogo, na Zona Sul, junto com outras oito pessoas. Entre os presos também estava um ex-soldado da PM expulso da corporação há 13 anos.

De acordo com o delegado-titular da 9ª DP, Alan Luxardo, a quadrilha agia na Zona Sul a pelo menos nove meses, entre os bairros do Flamengo e de Botafogo. Ações criminosas também foram praticadas no Centro. Os oficiais da PM, segundo o delegado, coordenavam as ações e davam cobertura ao bando. No momento da prisão, na Praia de Botafogo, na altura do nº 300, ambos estavam à paisana e acompanhavam o trabalho dos oito empregados de uma empresa terceirizada que presta serviços para a Oi. O delegado, no entanto, afirmou que os oficiais chegaram a estar fardados em outras ocasiões.

quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Secretário de Segurança diz que sabe onde 'Nem' está escondido

Rio - O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, disse nesta quarta-feira, que sabe o local onde o chefe do tráfico da Rocinha, Antônio Bonfim Lopes, o Nem, está escondido. "Sei onde está o Nem, e sei até o que tem dentro da casa dele. Não tenho medo de traficante. Mas não posso arriscar a vida dos moradores. Para eu ir buscar essa pessoa a sociedade está disposta a pagar o custo de algumas vidas? Eu tenho que pensar nisso, porque eu sou um administrador público. Quando decidir entrar lá, eu vou entrar e buscar porque se tiver que fazer guerra, vou fazer uma vez só", disse Beltrame, em entrevista à revista Época.
Foto: Ernesto Carriço / Agência O Dia
Secretário de Segurança Pública, José Mariano Beltrame, diz que sabe até o que tem dentro da casa de 'Nem' da Rocinha | Foto: Ernesto carriço / Agência O Dia

Os dez traficantes envolvidos no intenso confronto ainda não foram transferidos para o presídio federal de Rondônia e continuam no complexo de Bangu, na Zona Oeste do Rio. Três razões ainda impedem os presos de serem transferidos: a Justiça Federal ainda analisa o pedido do Governo do Estado; a negociação com a Força Aérea e com a Polícia Federal, responsáveis pelo translado dos presos em um avião fretado, ainda está em andamento e um dos presos continua internado e não recebeu alta.

São Conrado, um território de guerra

Na tarde desta segunda-feira policiais da 15ª DP (Gávea) estiveram no Hotel para pedir imagens do circuito interno de TV. O vídeo será usado para tentar identificar cerca de 60 traficantes que participaram do confronto do último sábado. Imagens de condomínios próximos ao local dos confrontos também terão as imagens solicitadas.

A manhã de sábado foi de terror para moradores e turistas em São Conrado. Uma mulher morreu e sete pessoas ficaram feridas - entre elas, quatro policiais militares - depois de um intenso tiroteio nas ruas do bairro, nas proximidades da Favela da Rocinha.

>>> GALERIA DE FOTOS: Tiros e pânico em São Conrado

A troca de tiros teve início por volta das 8h após o encontro de traficantes, que retornavam à Rocinha, com uma guarnição da Polícia Militar do 23º Batalhão (Lablon) - os bandidos voltavam de um baile funk. Houve intenso tiroteio e na fuga Adriana Duarte de Oliveira dos Santos, que fazia parte do bando, foi baleada e morreu - os criminosos obrigaram o motorista de um táxi a levar o corpo e jogar na calçada de um condomínio.

Em tentativa desesperada para escapar dos PMs, os bandidos armados com fuzis, pistolas e granadas, invadiram o Hotel Intercontinental, nas proximidades da favela, e fizeram 35 reféns, entre funcionários e hóspedes, na cozinha do estabelecimento.


Um grande esquema de segurança, com o apoio de helicópteros, foi armado pela polícia em volta do prédio. Depois de pouco mais de uma hora de negociação com policiais do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope), o grupo foi libertado - os traficantes se entregaram e foram presos.

De acordo com a polícia, com o bando foram apreendidos oito fuzis, cinco pistolas, muita munição, três granadas e rádios de comunicação. A situação ficou tensa no bairro, com ruas interditadas e moradores com medo.

quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Plenário terá sessão de votações nesta tarde

Falta de acordo sobre a pauta e quórum baixo podem dificultar as votações. Nas sessões de ontem, nenhuma proposta foi votada.

O Plenário terá sessão de votações nesta tarde, a partir das 14 horas. A pauta está trancada por quatro medidas provisórias (MPs 487 a 490/10) e também inclui outras propostas, como o projeto que cria o fundo social do pré-sal (5940/09) e o piso salarial dos policiais e bombeiros dos estados (PECs 300/08 e 446/09).

Hoje é o último dia do esforço concentradoDesignação informal para períodos de sessões destinadas exclusivamente à discussão e votação de matérias. Durante esses períodos, a fase de discursos das sessões pode ser abolida, permanecendo apenas a Ordem do Dia. As comissões podem deixar de funcionar. O esforço concentrado pode ser convocado por iniciativa do presidente da Câmara, por proposta do Colégio de Líderes ou mediante deliberação do Plenário sobre requerimento de pelo menos um décimo dos deputados (artigo 66 do Regimento Interno, parágrafos 4º e 5º). antes das eleições. Ontem, no primeiro dia do esforço, não ocorreram votações no Plenário. O motivo foi a falta de acordo entre o governo e a oposição sobre as propostas que deveriam ser analisadas.

Antes da análise do piso dos policiais, a base aliada ao governo quer votar a MP 487/10, que capitaliza o BNDES; e as MPs 488 e 489/10, que preparam o Brasil para realizar a Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016. Já os oposicionistas continuam em obstruçãoRecurso utilizado por parlamentares em determinadas ocasiões para impedir o prosseguimento dos trabalhos e ganhar tempo. Em geral, os mecanismos utilizados são pronunciamentos, pedidos de adiamento da discussão e da votação, formulação de questões de ordem, saída do plenário para evitar quorum ou a simples manifestação de obstrução, pelo líder, o que faz com que a presença dos seus liderados deixe de ser computada para efeito de quorum. e só admitem a possibilidade de votar a MP 487 e o piso dos policiais.

A oposição mantém a obstrução até ser pautada a proposta que regulamenta a Emenda 29Fixa os percentuais mínimos a serem investidos anualmente em saúde pela União, por estados e municípios. A emenda obrigou a União a investir em saúde, em 2000, 5% a mais do que havia investido no ano anterior e determinou que nos anos seguintes esse valor fosse corrigido pela variação nominal do PIB. Os estados ficaram obrigados a aplicar 12% da arrecadação de impostos, e os municípios, 15%. Trata-se de uma regra transitória, que deveria ter vigorado até 2004, mas que continua em vigor por falta de uma lei complementar que regulamente a emenda. e define verbas para a Saúde (PLP 306/08). Essa proposta, no entanto, não pode ser incluída na pauta por questões regimentais. O projeto que cria o fundo social do pré-sal impede a votação de qualquer outro projeto de lei, mesmo em sessão extraordinária, pelo fato de tramitar com o prazo de urgência constitucionalRegime de tramitação solicitado pelo presidente da República para projetos de sua autoria. Recebe esse nome por estar previsto na Constituição. Estabelece prazo de votação de 45 dias para a Câmara e mais 45 para o Senado. Se a votação não for concluída nesse período, o projeto passará a trancar a pauta da Casa em que estiver tramitando. Enquanto a pauta estiver trancada, nenhuma proposta legislativa poderá ser votada. vencido.

Outra dificuldade para as votações de hoje, segundo os líderes partidários, é a possibilidade de haver baixo quórum. Na sessão de ontem, menos de 300 dos 513 deputados registraram presença.

Polícia penal
Insatisfeitos com a demora na votação do piso salarial dos policiais dos estados, representantes da categoria invadiram o Salão Verde da Câmara na noite de ontem. Também participaram do protesto agentes penitenciários que cobram a votação da PEC 308/04, que cria a Polícia Penal. Essa PEC poderá ser incluída na pauta quando houver consenso entre os líderes partidários.
Policiais invadem Salão Verde em protesto por votação de PECs

Laycer Tomaz
Os manifestantes ocuparam o Salão Verde após o adiamento das votações desta terça-feira.

Insatisfeitos com a demora na votação da proposta de piso salarial para os policiais dos estados (PECs 300/08 e 446/09), representantes da categoria invadiram o Salão Verde da Câmara na noite desta terça-feira. Também participam do protesto agentes penitenciários que cobram a votação da PEC 308/04, sobre a criação da Polícia Penal. Os manifestantes prometem passar a noite em vigília na Câmara.

Integrantes da Polícia Legislativa afirmaram que houve tumulto no momento da invasão e que servidores da Casa foram agredidos. Os policiais negaram a violência e acusaram os servidores de usar armas de choque contra os invasores.

De acordo com o 1º vice-presidente da Câmara, deputado Marco Maia (PT-RS), dois servidores da Casa foram feridos durante a invasão. Ele disse não ter notícia de agressão a qualquer manifestante.

O presidente da Confederação Brasileira de Trabalhadores Policiais Civis, Jânio Bosco Gandra, disse que a invasão foi causada pelo bloqueio feito pelos seguranças da Câmara para impedir o acesso ao plenário. Os policiais só podiam circular livremente no Anexo 2 da Câmara, onde ficam as salas das comissões.

“Como uma pessoa comum entra na Casa e o policial não pode entrar? Isso mexe com os brios de cada um e com a autoestima da categoria”, disse Gandra.

Marco Maia informou que os policiais legislativos foram orientados a acompanhar a vigília sem violência, respeitando o direito de manifestação e registrando quaisquer excessos cometidos. “O protesto será tratado com a maior tranquilidade possível, para evitar a violência, mas o patrimônio da Casa também deve ser preservado”, disse.

O piso dos policiais e bombeiros dos estados foi aprovado em primeiro turno em julho deste ano. A votação em segundo turno pode acontecer nesta quarta-feira (18), se houver quórum e acordo entre as lideranças. Quanto à criação da Polícia Penal, o deputado Miro Teixeira (PDT-RJ) deve apresentar um texto de consenso aos parlamentares para que o tema seja incluído em pauta.

terça-feira, 10 de agosto de 2010

POLICIAL MILITAR, NÃO TERMINE SEU SERVIÇO DE HOJE SEM PRENDER UM CIDADÃO CORRUPTO!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Roubo de carro com refém acaba com um bandido morto em Nova Iguaçu



Rio - O roubo de um carro com refém, na manhã desta segunda-feira, em Austin, Nova Iguaçu, acabou com um bandido morto. Policiais do 20º BPM (Mesquita) trocaram tiros com ladrões e por pouco o dono do veículo não foi ferido.

Os PMs suspeitaram dos ladrões na Rua do Bananal e ao abordarem o automóvel começou uma troca de tiros no município da Baixada Fluminense. No momento do confronto, a vítima estava sob poder da dupla, no banco do carona.

Um dos bandidos estava do lado de fora do carro quando começaram os disparos. No tiroteio, ele foi morto. O segundo ladrão, que também estava armado, identificado como José Carlos dos Santos, 21 anos, foi preso. A vítima foi resgatada, sem ferimentos. Ele pediu para não ser identificado com receio de represálias. O caso foi registrado na 56ª DP (Comendados Soares).

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Civil e Ministério Público descobrem carceragem administrada pelos próprios presos

Rio - O Ministério Público Estadual (MPE), através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Corregedoria interna da Polícia Civil (Coinpol) descobriram, nesta quarta-feira, uma carceragem administrada pelos próprios presos, na Polinter de Queimados, na Baixada Fluminense.

Os agentes estiveram na carceragem pela manhã e constataram que os próprios presos tinham as chaves da carceragem, tomavam conta da portaria e até realizavam revistas em visitantes. Apenas um policial civil trabalhava no local. O Ministério Público Estadual informou que criminosos negociavam privilégios, como celas mais vazias, através de pagamento. Eles também cobravam propina de familiares de outros detentos.

Na ação foram apreendidos um revólver calibre 38, que estava em uma mochila, um caderno de contabilidade, R$ 200 em dinheiro, 16 celulares, dez carregadores e uma máquina fotográfica.

A operação da polícia foi realizada para cumprir mandados de busca e apreensão e verificar uma denúncia de que policiais civis responsáveis pela Polinter estariam recebendo dinheiro dos detentos. A carceragem conta com 150 presos que ainda aguardam julgamento.
Plenário encerra sessão; votações ficam para esta tarde

O deputado Inocêncio Oliveira (PR-PE) encerrou há pouco a sessão extraordinária do Plenário, por falta de quorum. A Fase da sessão plenária destinada à discussão e à votação das propostas. Corresponde, também, à relação de assuntos a serem tratados em uma reunião legislativaOrdem do DiaFase da sessão plenária destinada à discussão e à votação das propostas. Corresponde, também, à relação de assuntos a serem tratados em uma reunião legislativa. chegou a ser aberta para discussão da Medida Provisória 487/10, que capitaliza o BNDES, mas deputados de oposição cobraram o encerramento com o argumento de que sessões extraordinárias não podem ser realizadas se não houver pelo menos 257 deputados no plenário (quorum de votação).

O líder do DEM, deputado Paulo Bornhausen (SC), sugeriu a abertura de uma nova sessão extraordinária para tratar apenas do segundo turno do piso salarial dos policiais civis e militares e bombeiros militares (PECs 300/08 e 446/09), mas Inocêncio optou por apenas manter a sessão ordinária marcada para as 14 horas. O piso dos policiais não está na pauta, mas pode ser votado se houver acordo.

A pauta da sessão ordinária está trancada por três medidas provisórias: a 487/10 e outras duas sobre a preparação do Brasil para as Olimpíadas de 2016 (488/10 e 489/10).

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Rio é campeão de candidatos da PM e dos bombeiros
Integrantes das corporações articulam a criação de um partido nacional para lutar por melhorias na área de segurança no País

POR JOÃO NOÉ

Rio - Policiais militares, civis e bombeiros articulam uma verdadeira operação de guerra para o dia 3 de outubro. Diluídos em diversas legendas, mais de 100 integrantes dessas corporações planejam ofensiva para cumprir apenas uma missão: conquistar o voto dos eleitores do Rio. A força dessa tropa é tanta que, para daqui a quatro anos, já se discute até a criação de um chamado Partido Nacional da Segurança Pública (PNSP), cuja base eleitoral é estimada em cerca de 1 milhão de pessoas no País.

O QG do grupo, aliás, tem tudo para ficar no Rio de Janeiro. Em todo o Brasil, o estado é o que tem o maior número de PMs candidatos nas eleições deste ano. Ao todo, são pelo menos 60, segundo estatísticas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Os bombeiros fluminenses também lideram a lista nacional, com 23 elegíveis. Com 14 agentes e delegados, a Polícia Civil do Rio só não terá mais candidatos do que a mineira, com 15.

GRUPO DOS BARBONOS

Organizações de cunho político dentro da Polícia Militar não são novidade. O movimento dos coronéis Barbonos (uma referência ao antigo nome da Rua Evaristo da Veiga, onde fica o QG da corporação) deflagrou, em 2008, uma das primeiras manifestações públicas de reivindicações de melhorias nas condições dos PMs. Nesse grupo, estava o coronel Paulo Ricardo Paúl, que hoje é candidato a deputado federal pelo DEM.

“O ‘PNSP’ seria um partido aberto à participação de toda a população. A segurança hoje é a questão que mais preocupa os brasileiros. A criação de um partido voltado para o tema, entretanto, ainda é bastante incipiente”, explica Paúl.

Um dos principais desafios dessa legenda seria acabar com a imagem negativa de policiais e bombeiros junto aos eleitores. No Rio, por exemplo, há casos como o do ex-chefe de Polícia Civil, Álvaro Lins, que era deputado pelo PMDB e foi cassado depois de ser denunciado por suspeita de envolvimento com a máfia dos caça-níqueis. Também pode perder o cargo o vereador Cristiano Girão (PMN), ex-bombeiro suspeito de atuar em milícia.

Um consenso entre os integrantes do grupo é a reivindicação por melhorias salariais. Nesta semana, inclusive, todos os eventuais quadros do ‘PNSP’ vão mirar a votação em segundo turno na Câmara Federal da chamada PEC 300, que cria um piso nacional para os salários dos policiais civis, militares e bombeiros.

“Essa é uma das principais bandeiras desse grupo. Reuniríamos integrantes das polícias, além dos bombeiros e das guardas municipais. O objetivo seria que, em 2016, já existisse um partido reunindo essas classes”, planeja o tenente bombeiro Lauro Botto, candidato a deputado estadual pelo PV.

Delegado quer reforma política

O ex-chefe da Polícia Civil, delegado Zaqueu Teixeira (PT), candidato a uma vaga na Alerj, não acha que a criação do ‘PNSP’ seja uma boa ideia. O policial tem, entre suas propostas, a criação de uma corregedoria interna na Polícia Civil independente, cujos integrantes trabalhariam apenas nessa unidade, sem passar por outras delegacias.

"Não é preciso criar um novo partido para reivindicar a luta por essas pautas. Atualmente, já existem partidos demais. O ideal é que seja aprovada uma reforma política”, afirma o candidato.

Para a professora Jaqueline Muniz, da Universidade Cândido Mendes (UCAM) e da Universidade Católica de Brasília (UCB/DF), a grande quantidade de candidatos da polícia no Rio já é quase histórica. “A polícia é a expressão concreta do poder do estado nas ruas. Além disso, há no Rio uma superpolitização do tema segurança pública. Outro aspecto é que essas corporações possuem uma base de apoio sólida, com policiais da ativa e aposentados, além de seus familiares”, explica.

‘Candidatura pode ser oportunista’

O presidente da Associação de Praças da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Rio (Aspra-PM/BM-RJ), Vanderlei Ribeiro, vê com ressalvas a candidatura de policiais militares a cargos no Legislativo.

“Há muitos policiais que ingressam na carreira política só para obter uma licença remunerada de 90 dias. As candidaturas dos policiais devem passar, antes, por um debate entre os integrantes da instituição”, afirma Ribeiro, que não acredita que a criação de um ‘PNSP’ seja positiva.