domingo, 11 de abril de 2010

Sindicato dos Policiais Civis propõe comissariado nas favelas com UPPs

Além da PM, a Polícia Civil também pode subir o morro, caso vá para a frente uma ideia do Sindicato dos Policiais Civis (Sinpol), apresentada na semana passada ao secretário estadual de Segurança, José Mariano Beltrame.
Foto de 
Marizilda Cruppe/ Arquivo

O projeto propõe a criação de comissariados de Polícia Civil nas comunidades com Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs), a exemplo do que existe em Ilha Grande. Esses órgãos receberiam registros de crimes de menor potencial agressivo, como agressão à mulher, mas seriam subordinados às delegacias da área. A Secretaria estadual de Segurança informou que Beltrame ainda avaliará o projeto.

A ideia foi mal recebida pela cientista social Silvia Ramos, do Centro de Estudos de Segurança e Cidadania da Universidade Candido Mendes (Cesec). Segundo Silvia, as comunidades com UPPs já são hiperpoliciadas e precisam ser integradas à cidade:

— Sou absolutamente contra. Deve se ter cuidado para não criar um estado policial nas comunidades. Aguardamos programas sociais, e esse projeto faz parecer que eles precisam de mais polícia do que a classe média.

A antropóloga Alba Zaluar também não vê o projeto com bons olhos.

— Mais polícia, não há necessidade — criticou.

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