Marcos Espínola: Avança a covardia
Advogado criminalista
Rio - O jogo de interesse que envolve a discussão sobre a divisão dos royalties relativos ao petróleo do pré-sal ultrapassa os limites do bom senso. Com tanta gente de olho no Rio de Janeiro, está complicado reverter o verdadeiro desatino contra o estado que mais produz petróleo no País.
Mais uma injustiça na história fluminense, que amargou inúmeros golpes, como a retirada da Capital federal e da bolsa de valores. E, como a corda só arrebenta do lado mais fraco, mais uma vez quem vai pagar essa conta será a população, começando pelos servidores.
Eles terão salários congelados, além do corte de cerca de 60 mil empregos só em obras públicas. Definitivamente, a política desse país chega a um ponto que só causa nos cidadãos o sentimento de repúdio e indignação.
Será uma redução de R$ 7,3 bilhões das receitas do governo estadual e das prefeituras. Segundo especialistas, isso afetará também a dívida com a União, que não poderá ser paga, além da recuperação do meio ambiente.
Um futuro de recessão nos aguarda, pois, diante de um quadro tenebroso, certamente os investidores debandarão. Até mesmo a realização da Olimpíada de 2016 passa a ser uma incógnita, pois a capacitação de mão de-obra ficará comprometida, inclusive a dos agentes de segurança. Um caos generalizado.
A decisão do Senado, dividindo os royalties por todos os municípios, foi covarde e demonstra exatamente o tipo de política aplicado no País. Nela, os interesses e o poder são os principais focos dos que nos representam, com condutas lamentáveis e questionáveis.
Há quem diga que foi assalto mesmo. Seja o que for, estamos diante de mais uma covardia contra um dos principais estados.
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Caro companheiro(a),Este espaço é democrático e com o intuito de ajudar a cada uma de seus participantes,sobre informação e conhecimento.Por isso devemos respeitar a opinião de cada um aqui postada.